Diante do agreste vocal
que fui tomado,
na enxurrada de emoções,
afogado, minha fala secou.
Vou represar minhas emoções,
dar vazão ao silêncio,
cuidar das feridas,
e acolher minha paralisia.
Paraplégico de mais possibilidades,
passo a acreditar no repouso.
Imponho isso a minha alma,
transitoriamente em frangalhos.
Da visão corrompida, brota:
A reza por um parto, uma ressurreição.
O inicio que parte do fim.
A chegada que vem antes da partida.
E sigo, aclamando pela ordem perdida.
Pela partida da ótica do caos instalado.
Do saber sem fome, mas sedento.
Da engrenagem corrompida, paralisada.
E na crença da cura,
do dia que está por vir,
no colo de quem amo,
aguardo, ansiosamente, por mim.
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