De você não quero nem
as lembranças
de um tempo que não
existe mais.
Nunca existiu.
Um ser atormentado e
fantasiado,
disfarçado de alguém
que nunca foi.
Nunca será.
Em um instante a verdade emergiu.
Num descuido a mascara
caiu.
E assim, em plena luz
do dia,
em preto e banco. Sem
cor.
E nas marcas deixadas,
transformando-as em
mapa, caminho e direção,
passo a orientar o meu
traçado
na busca da verdade e da
minha redenção.
E as feridas? Na mão
do tempo.
O que peço? Rezo.
Salve São Jorge
Salve Jorge
Salve essa alma
Só não vou dizer amém. Não mais.
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