Devo caminhar e experimentar
O destino que chega, que se revela
Que traz sentido, expõe motivos
Atravessa o tempo e me faz melhor
Devo negar a morte, não me acovardar
Não me furtar dos desejos legítimos
Das histórias, das pegadas marcadas
Aproveitar a luz do fim da tarde e
sonhar
Devo acreditar, me reinventar
Não contar com o amanhã e apostar
Sem ter que temer, poder gozar
Sem garantias: sorrir e amar
Devo discernir, me afastar
Do equívoco alheio, que não é meu
Que passa e repassa uma vida inteira
Nem sempre sua, uma vida dura
São raízes fincadas em superfície crua
De terras secas em constante luta
Que se debatem sem saber ao certo
Pra onde ir, de onde partir
Devo ter sabedoria, me apropriar
Da sorte dos que ainda vivem
Que abrem o peito em noite de lua
E que, assim, perdoam por sabedoria
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