terça-feira, 15 de abril de 2014

Bordas minhas, bodas (em 365 dias)

Por meses pensei intensamente
Ao ponto além
De exaurir todas as sementes
Que em mim haviam de habitar

Esperei por mim, somente assim
Num desvendar bailar de panos
Para nunca mais e sem prantos
Ao seu entorno veria ela, o meu dançar

E bailei, bailei sozinho
Bailei aos poucos, devagarinho
Num salvar-me eu
Pelas bordas minhas

E ao escorrer desse destino
No retorno ao solo, meu abrigo
Encontrei meu pulso intenso germinar
Que não me sujeita e nem me define