terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Afogados

É bastante difícil
Flerta com o limite
O quase que nos engole, tudo
Um amor, um sonho
Aquilo que não fui
O que não nasceu
Quando falta tempo

Tudo virando saudade
Num bate e rebate
Dessa maquina
Que tudo lava, sacode
Da dor que alimenta
Que nos faz surgir
Afogando-nos em vida

Pura pele, lira
Que surge, sacode e precipita
Num levar de aguas
Transbordadas de fronteiras
E que ainda, nos ilumina
Pura flor de letargia
Que sufoca, liberta
Afogando tudo que não nos é
Que nunca foi e nem será

domingo, 18 de janeiro de 2015

Do meu jeito

De tudo um pouco, melancolia
Quero a cura que suporta e alivia
No meu mundo, sou
Sua dor? não é minha alegria

Quando sei quem sou
Meu mundo vira magia
E o que desejo?
Tudo em mim é fantasia

Nem eu mesmo sei se sou
Chegada ou partida
Luz, alicerce
Buraco ou cimento em cima?

Por que nasci
A razão, certa, que escolhi caminhos
Pelos quais motivos cresci
E por que, enfim, resisti até aqui?

Os amores surgem
Com cheiro de passado
Gosto de felicidade, lento baiano
Cheiro de terra ou gosto de serra?

Mas a realidade contraria tudo
E aquele olhar que faz barulho?
O passado é meu aliado
Como o futuro, que sou eu quem faço

Espero que a vida entenda
Que o recente foi solidão
Que meu mundo encolhido, foi o que restou
E que agora, ressurjo da minha própria ilusão