quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Pra organizar ...

Não estou tentando
Pra fazer dar certo
Se nem ao certo sei
Que certo seria esse

Luto pelo direito de fazer
O que é correto ser feito
Mesmo que não seja o correto
Esse tal de certo impudente

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Correntes

Se me sentasse diante de você
Se possível fosse
Ao tempo que nos afastou
Meu perdão eu daria

Se ao amar você, tivesse eu
Me tornado cada vez mais eu
Talvez agora
Estivéssemos aqui. Seríamos dois

A vida é maior do que foi
Nosso encontro, chegou cedo
Ou nunca terá seu tempo
Pode ter sido o que foi

Na corrente dessa vida
São muitos galhos em toda margem
Podemos ficar para nos salvar
Ou ir ao encontro do que estar por vir

O tempo

Por querer ser diferente
Daquilo que somos
Somamos
É a soma dos desenganos
Um tipo de dizimo social

Ai
Na frente do espelho
Na hora da verdade
Não há ninguém
Não há imagem

E o que vemos diante da ausência
Da nossa própria imagem
É o tempo parado
Que pisca, se desculpa, vira o olho
E vai embora

sábado, 10 de outubro de 2015

Escolhas, caminhos

Erros que:
Não preciso mais!
Não esqueço mais. Os meus.
Portanto, posso conviver com os seus.

Não quero mais!
Porque esquecer que te amei?
Posso ressurgir desse além,
esse que me vi depois que você se foi

O tempo que tira,
é o mesmo do resgate,
o da hora do embate.
A diferença entre querer e o que vai ser.

Sou eu, aquele que posso.
Sou teu, tanto quanto você possa.
Aí realizo.
Somos o que podemos ser.

E vamos. Só há uma direção.
Compulsoriamente, andamos.
E a reflexão?
Ai vai do que queremos.
E será, fatalmente, o que seremos.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Lua que me fala

Sou que nem maré
As vezes cheia, muitas vazia
Correntes que variam
Ondas quentes que depois esfriam
Tudo assim de repente
E vem a lua e diz
Se vai ser hoje ou só num outro dia

Mas entenda, o olhar que me olha
Por ser aflito não demora
Olhares aflitos não demoram
Partem felinos, menores
Fogem dos seus tremores, os de outrora

E na maré da vida
Nas correntes em que me jogo
Amo e também esqueço
Me torno seu pra poder ser meu
E sigo com meu terço
Desaguando pra poder encher
E ser visto com espera
Para ter tempo de aprender a viver