terça-feira, 6 de outubro de 2015

Lua que me fala

Sou que nem maré
As vezes cheia, muitas vazia
Correntes que variam
Ondas quentes que depois esfriam
Tudo assim de repente
E vem a lua e diz
Se vai ser hoje ou só num outro dia

Mas entenda, o olhar que me olha
Por ser aflito não demora
Olhares aflitos não demoram
Partem felinos, menores
Fogem dos seus tremores, os de outrora

E na maré da vida
Nas correntes em que me jogo
Amo e também esqueço
Me torno seu pra poder ser meu
E sigo com meu terço
Desaguando pra poder encher
E ser visto com espera
Para ter tempo de aprender a viver

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