Sou que nem
maré
As vezes
cheia, muitas vazia
Correntes que
variam
Ondas quentes
que depois esfriam
Tudo assim
de repente
E vem a lua
e diz
Se vai ser
hoje ou só num outro dia
Mas entenda,
o olhar que me olha
Por ser
aflito não demora
Olhares aflitos
não demoram
Partem felinos,
menores
Fogem dos
seus tremores, os de outrora
E na maré da
vida
Nas correntes
em que me jogo
Amo e também
esqueço
Me torno seu
pra poder ser meu
E sigo com
meu terço
Desaguando pra
poder encher
E ser visto
com espera
Para ter
tempo de aprender a viver
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