segunda-feira, 29 de julho de 2019


Reza do dia.
Vento: Pastor das nuvens
- eu não tenho asas pra voar,
nem sonho nada que não seja de sonhar.
Sou um homem simples.
Tenho luz, carrego cruz e canto.
Eis-me aqui,
sabotando o obscurantismo,
me nutrindo de Mario Quintana e Flávio Venturini,
cultivando em mim a alegria, a arte.
A revolução.
Amém Lira Neto

domingo, 14 de julho de 2019

Tempos gris.

O correto é:
Não sei se ''rio''
ou se choro. 
Porque ao conjugar o verbo,
conjugamos da seguinte forma: 
Eu rio,
Tu ris,
Ele ri,
Nós rimos,
Vós rides,
Eles riem,
E todo mundo chora.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Sabe?
aquele pouco que é silêncio,
o da ausência de tudo,
que faz esvaecer,
correr,
passar,
escorrer,
vazar,
dissipar,
desaparecer,
e evaporar
aquele muito que é barulho.
Sabe?

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Daquilo que somos

De fato, amor.
De por meio dele,
dar-se-á o despertar,
tal como é,
em tudo, amor.
E se não for, por meio,
arrodeio,
circundo o precipício
de tudo que sou,
só pra ver, que,
de certo sinto.
Sou meio-do-rio.

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Nossa selfie.

Ilha,
porque o Rio é ilusão.
Mortos,
estamos todos.
O canhão,
é instrumento de conflito.
Já a coruja,
representa reflexão.

segunda-feira, 6 de maio de 2019


55, 21. 2019 (poesia sem nome)

eu nunca vi,
tão pouco li em livro algum,
um país ser tão vertiginosamente escorchado,
em todas as suas formas,
e cores,
como vejo agora
esse país em silêncio.

domingo, 5 de maio de 2019


As correntes...
prendem, mas também
podem levar..
é sempre uma escolha,
do olhar:
fluir ou ficar.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

é preciso ficar atento

e forte...

sonhos libertam
mas alguns
os vaidosos
aprisionam mais
que realidades impostas
silenciosamente nascem
em correntes profundas

domingo, 17 de março de 2019

(des) Encontros

Vejo almas tolas
vagam por ruas desertas
de onde o singular
não se faz plural.

Ouço gritos encolerizados
reverberam por ventos gelados
de onde os encontros
são solitários.

É possível vivenciar verdades
sem antes conhecer o pior das mentiras?
Aprendi que é na contramão
que encontro minha própria direção.

Ressignificar

O encantamento precisa ser diário,
assim amamos o outro como ele é,
e não como já foi um dia.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Tá se ouvindo?
O silêncio só é possível
quando o sentir se despede das sombras.
Importante, 
é nele, silêncio, 
que se descobre as intenções
assim sem a gente perceber.
A vida se transformou num parque 
com pessoas perdidas de si
Em círculos gritam, sem se ouvir.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Só alguns

Somos,
em alguns encontros,
fragmentos espalhados
por energias compartilhadas
que promovem pequenos milagres
despercebidos,
e que,
com coragem,
dão conta de entender
quando as palavras
não são capazes, mais,
de dizer.

domingo, 18 de novembro de 2018

Dos olhares que vi ...

E o que vi, primeiro,
foi um olhar atento,
econômico nas informações,
porém nobre.

Pulsando porque sabia
que nunca caberia
na imagem, comum,
em que todos, e seus olhares,
cabiam.

E por ser assim, inquieto,
um olhar de quem nem sei se sabe,
se sente, se vai ou se semente,
ele era nascente!

Dos olhares que vi por ai,
esse foi diferente,
além de ver o que vi,
eu me vi dentro dele.


domingo, 11 de novembro de 2018

reverso familiar

me torno mais breve
nessa servidão
em febre, voluntária
onde quase não existo
restando apenas em um sopro
tudo aquilo que sei e sinto

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Calados pela vida que não tiveram

A vida da gente
sempre à espera de nós
Não sei se sou eu
ou a vida que espera
mas se na espera
não cabe o encontro
eu não caibo
dentro da vida dela.

quarta-feira, 25 de julho de 2018

O amor é barco a vela

Quando sinto amor
vem sempre
um fluir ao vento
na direção do mar

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Introjetado

Não sei ser a não ser, desejante
Condeno-me a condição livre
Correndo o risco, da liberdade
Ser somente uma ilusão

sábado, 30 de junho de 2018

Capoeira

Era um outro eu
Sempre deixado
Passado como o vento
Das manhãs que acordei

Era sempre eu
Transformado pelo dia que passou
E que levou e me trouxe
Aqui estou

Era eu e não era
O que sou
E se sou, serei sempre?
Fui com o que flertei

domingo, 17 de junho de 2018

na calada, da vida.

na sombria travessia
que a torna
sumidouro do espelho dele
em rosa pele
de veludo violeta
sorvem dois escorrendo em um

refém de respostas
coberta pelo tempo que a veste
não avista, despercebe
o olhar que lhe aponta
náufraga pela imagem
de um mundo inventado

quarta-feira, 9 de maio de 2018

dicotomia

é que busco
saber quem eu sou
no meio de muitos, loucos
que não querem saber não