domingo, 10 de agosto de 2008

ME FALA AI

Não sei se é deus que não quer me dar
ou se sou eu que não quero encontrar.
Não sei se meus olhos não querem ver
ou se sou eu que não quero enxergar.
Não sei se minha mente não entende
ou se sou eu que não posso me entregar.

Perguntas que não sei responder,
caminhos que procuro apesar do escuro,
soluções que nunca encontrei aqui,
nem tão pouco encontrarei ali.

Minha mão não pode alcançar,
ao menos que ceda,
que me permita conhecer o intangível,
o imponderável, a falta da luz.

Nasci e perambulo, ou será
que perambulando cheguei até aqui.
Qual será a razão do meu nome,
que ao pronunciado, me viro, olho e atendo.

Porque será que sou visível
quando encontro a luz.
Porque será que, mesmo embaixo
de um holofote, passo despercebido.
Porque será que quando menos quero
é quando mais tenho.

Me fala ai,
porque será?

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