terça-feira, 29 de setembro de 2009

NAVEGO

A meu ver não existe:
Passado que não possa voltar,
presente que não possa passar
e futuro que não se possa evitar.

Nesse vai e vem dos fatos,
navegamos, nem sempre no comando,
mas sempre que possível,
com os olhos voltados para o norte,
sem nunca perder a noção do sul.

Não há nada mais apavorante
do que estar, a deriva, em alto mar.
Porém, nada mais libertador do que
estar perdido, rendido e entregue.

Quando achamos que somos mais livres,
é, justamente, quando estamos mais presos.
Negar um amor é declinar do vai e vem do mar,
onde podemos encontrar um porto seguro para descansar,
e partir quando a hora chegar. Se chegar.

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