segunda-feira, 11 de outubro de 2010

EU SIGO COM ELA

Mais uma vez me vejo diante
da minha própria imagem.
Distante do que quero,
tendo menos do que desejo.

Consigo ver minhas opções:
O conforto do menos, das concessões
ou a inquietude do incerto, da busca.

Não quero menos, estou inteiro.
Sua metade não me emociona mais.
Se estou entregue, queria você inteira.

Algo maior que a minha própria razão.
Sem tempo, mais, para ajustes e medos.
Sua soberba diante do que te dou, me fere.

Se não quer, se não sabe, se não pode.
Nada disso importa mais.
Iluminei você em cada olhar que te direcionei.

Já no fim do que me foi possível,
sigo deixando para traz
algo que poderia ter sido maior.

Mas a vida segue, e eu sigo com ela.

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