Estar no mundo é algo tenso,
pelo bem e pelo mal.
Amar, trabalhar e ser,
são atividades externas
que dificultam minha respiração.
O mundo me parece um lugar estranho,
onde ser feliz ou triste
é uma questão de tempo.
E o tempo não é algo com que flerto.
Estranho quase tudo que vejo,
e não me rendo a nenhuma imagem,
nem as mais próximas.
Acredito que entre as vírgulas dos meus dias
estão todos os motivos
que me levam ao delírio ou a fuga,
sem ordem certa.
Já passei do tempo de acreditar
ou deixar de acreditar.
O meu rumo, agora, é ser
o que sempre fui, mesmo sem saber.
Sou comum, sou o que todos são.
Sou o que nem eu sei e nunca saberei.
Vivo o que tenho que viver
sem saber o que vai ser.
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