terça-feira, 6 de setembro de 2011

VAZIO

O lado vazio, o som que chega
O lençol arrumado. A tua ausência
O seu cheiro que não vejo, não percebo
O silêncio desorganizado que grita
O outro lado da mesa. O vazio

Da pasta de dente, do fio dental
A falta do pé, do café e do jornal
Da sua varanda, do meu arguile
Do seu sorriso, dos seus dedos. Do pé
Da batida, do vinho, do brinde. De ter fé

Da primeira vez em que te vi
Do escritório. Do alto Leblon
De todas as tardes roubadas. Dos beijos
Da areia da Duna, do sol de Jeri
Saudade de tudo: do que vi e do que não vi 

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