domingo, 2 de dezembro de 2012

Catarse hidrográfica


Quando o silêncio explode.
Diante do véu rasgado,
E dos sonhos dilacerados,
Surge, no meio de tudo,
A ausência.

Afiada e cortante,
Pulsa forte na via inversa,
Bate de fora para dentro.
O coração que respalda a vida
Bate dentro, impulsiona fora.
Bate saudável, bobeia vida.

E na insistência do silêncio
Da ausência do som, da vida
Correm como rios,
Emaranhados de rios,
Que insistem habitar
Minha face.

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