sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Nas fotos em que te vejo

Enquanto percebo a vida ao redor
Em seu curso ferozmente iluminado
Percebo o silencio comedido
Enjaulado por traz da manta
Que separa os que sofrem
Da luz que o sol irradia
 
Vejo seu corpo, vejo pele e vejo osso
Sorrisos forjados em lagrimas contidas
Frases escritas nas redes da vida
Que quando proferidas não duram muito
Escorrem pelos dedos das mãos
Que asfixiaram nossas vidas 

Tentativa tosca de retomar
A vida que foi ceifada
Desperdício de afeto e parceria
Em dias e noites que se confundem
Onde não há sol e nem há lua
Nesse solo seco sem adubo

E nesse teatro social e banal
Repleto de dores e vazios
Não encontro respostas plausíveis
Que possam trazer o sol e a lua
Nossas verdades contidas
Nos sorrisos estampados nas fotos futuras

 

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