quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Vale dos desperdícios

Mas quem não sente
é como quem não sabe
como quem quer crer
querendo ver
São olhares assustados
que acabam por temer
verdades protegidas no conforto
íntimos cercados
Não recalculam rotas
Não são livres
Não deixam o tempo passar pelo corpo
não se tornam fluentes
Um olho
que teme tudo aquilo que não é imagem
é um olho cercado

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