tento reconhecer o que está
ao meu redor, ao meu alcance.
Não vejo nada, não vejo você.
Flores, espinhos, troncos,
espaços abertos, tudo
pacientemente a espera
de um movimento, uma escolha.
Caminhar é inevitável,
escolha irrefutável,
por onde e aonde.
Caminhos longos e atalhos,
quero dar o sinal, quero descer.
A noite sempre acaba clara,
mesmo que com chuva.
A noite sempre volta,
mesmo que com sol.
E neste ciclo, hora
com choro, hora com riso,
escrevo a minha história,
a minha vida, minha poesia.
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