Porque dentro do meu peito
ardem inúmeras possibilidades.
Porque dentro desta alma
reside lacunas tortas e retas,
que hora me conforta,
meia hora me confunde.
Porque não tenho respostas
quando a vida me oferece perguntas.
Porque posso enxergar,
quando o que eu mais queria,
era poder não ver.
Colocando um pé na frente do outro,
ando, às vezes cambaleando,
mais enfrento, não tenho escolha.
A muito não tenho colo,
não é de hoje que meu pé,
covarde e trêmulo,
procura, cuidadosamente, por um solo.
O que me falta e o que me sobra.
Devo puxar todo o ar que meu peito permitir,
fechar os olhos e pisar,
colocando meu pé
ao lado de um outro pé.
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