segunda-feira, 15 de setembro de 2008

ENTENDIMENTO

Inquestionável fato,
algo único, mais que visceral,
que nos é realmente natural.
Sublime desejo, lampejo de vida,
como o ar, o sal ou uma lambida.

Sinto que algo se parte, que já se foi.
Busco, tardiamente, algo que ainda não banco,
lembro do poeta, me apego ao santo.
Procuro destemperadamente por um banco,
me falta pernas, me falta ar,
que falta faz o meu lar.

Escrevo para mim, só para mim,
até porque, não entendo o que escrevo,
quem iria entender?
Todo entendimento passa pelo desejo,
ou será que é o desejo que passa pelo entendimento?
Não sei!!

Sei que desejo entender a minha vida,
entendo isso como algo único,
primeiro, mais que necessário,
como a maternidade, que sem limites,
naturalmente ama,
infinito amor, que como uma flor,
delicadamente vive.

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