segunda-feira, 15 de setembro de 2008

ESPECTADOR

Diante de você me surpreendo e
paralisado acompanho o seu movimento.

Com o seu caminhar, percebo
algo maior que à distância,
é como se você, lentamente,
se lançasse de um espaço para um outro
em dimensões distintas.

Na minha compreensão,
o seu andar lúdico
avança diante de mim,
fundindo de forma singela
o que vejo e o que irei lembrar.

É a melhor tradução de uma relação perfeita,
onde as minhas retinas e o meu córtex
cooperam perfeitamente,
permitindo que a sua imagem,
refletida no meu desejo,
invada, para sempre, o meu pensamento.

Numa fração de segundos deliro,
desejando jamais esquecer
o futuro que ali se apresenta
em forma de movimento.

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