Falo, penso, recrio algo que me toma,
que persiste, que insiste em retornar.
Com os meus dias cheios de vazios,
sobrevivo a um momento brusco,
que muda a minha rota,
que torna as minhas horas tortas.
Levou os meus sonhos,
me privou do meu norte.
Não tive tanta sorte.
Como um suicida, não percebi,
cansado, simplesmente desisti.
Vácuo interminável em noites mal dormidas,
peso insustentável em dias cansativos,
lágrimas que pulam em busca de um chão.
Acredito em novos sonhos,
procuro o meu norte, mas hoje,
aceito até se for o sul.
Mas que venha, que transborde,
que passe por todas as minhas fronteiras,
que alinhe o que desalinhou,
tornando leve o que tenho de pesado,
atribuindo peso ao que tenho de fútil.
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