Em pé sem poder andar.
Deitado sem conseguir dormir.
O meu sorriso não nasce da minha alegria.
O meu choro não revela todas as minhas mazelas.
O que demonstro nem sempre é visto.
O meu oposto não revela como estou.
As minhas horas nem sempre correm.
O que ocorre nem sempre é real.
De lado ou oposto sigo decifrado.
Decifrando, sigo ao lado de mim mesmo.
As margens de quem eu me tornei,
que de verdade nem eu sei se dou conta,
encontro correntes e sigo.
Cansado, cauteloso e sem coragem,
deixo um pouco de tudo para trás.
E dessa forma, e com cheiro de mofo,
encontro algo de novo,
para nunca mais chorar por alguém
que não possa me fazer feliz.
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