terça-feira, 22 de setembro de 2009

FLORES

Um cara enfeitiçado pela lua em plena luz do sol.
Sinto-me as margens de um tempo medido.
Como poderia medir a vida através do tempo.
Como poderia me sentir mais forte sem ser gentil.

Dia e noite, sol e lua.
Minha vida, o meu fim.
Meus amores, minhas dores.
Fala mansa, uma dança lenta.

Uma renda delicada vista de perto.
O que é certo é o arrepio da dor curtida.
A sombra aflita deixada na sua partida.
As horas lentas nos primeiros momentos sem você.

O retorno ao dia a espera da sua volta,
da lua, do nascer do sol, das manhãs, do café a dois.
Do lençol sujo, do travesseiro marcado.
Do beijo interrompido, mesmo que longo.

Do seu cheiro que parte lentamente.
Da saudade deixada pelo seu sorriso.
Do ciclo que se inicia no meio do dia,
que não tem fim, não tem sol e não tem lua.
Mas faz da minha vida um colorido jardim.

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