sexta-feira, 5 de julho de 2013

Na mão do tempo


De você não quero nem as lembranças
de um tempo que não existe mais.
Nunca existiu.

Um ser atormentado e fantasiado,
disfarçado de alguém que nunca foi.
Nunca será.
 
Em um instante a verdade emergiu.
Num descuido a mascara caiu.
E assim, em plena luz do dia,
em preto e banco. Sem cor.
 
E nas marcas deixadas,
transformando-as em mapa, caminho e direção,
passo a orientar o meu traçado
na busca da verdade e da minha redenção.

E as feridas? Na mão do tempo. 
O que peço? Rezo.

Salve São Jorge
Salve Jorge
Salve essa alma

Só não vou dizer amém. Não mais.

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