segunda-feira, 15 de setembro de 2008

ENTRE REMAR E BOIAR

A momentos que remamos,
a momentos que, simplesmente, boiamos.
Quando nossos olhos, invertidos,
enxergam o fluxo da maré,
devíamos boiar e sem fazer marola, esperar.
Uma espera, onde o movimento cirúrgico nos é aliado.

Com o ar reduzido e a esperança esquecida,
direcionamos nossas forças,
ao que aparentemente, nos é favorável,
boicotamos nossas próprias possibilidades,
dificultando nossos movimentos e desejos.

Achamos que o que vemos nos é real,
mas temos a possibilidade,
de através da nossa alma,
compreender o nosso momento,
e principalmente esperar o nosso futuro.

Nessa compreensão, poderemos perceber
que o que temos, é a imensa possibilidade
de mudarmos o rumo, a direção, e nunca
a nossa própria razão.

Sem fazer marola, temos que sobreviver
há um tempo adverso que nos vem somar,
e buscar outros mares que possamos navegar,
mas sem esquecer, nunca, que outros mares,
menos palatáveis, poderemos enfrentar.

Desta forma poderemos seguir, buscando
o que hoje, nos parece o nosso próprio ar,
mas que se olharmos com atenção e principalmente
com devoção, veremos que não passa de um momento,
que sempre vai preceder o que de fato queremos.

Para aqueles que podem enxergar,
o futuro sempre será melhor que o presente,
mesmo que este seja tudo, ou não!

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